Água potável é sinônimo de consumo seguro?
O engenheiro ambiental e CEO da empresa EcoAdvisor Associados, Marcus da Matta, explica quais medidas devem ser tomadas a fim de garantir a segurança do recurso hídrico.
A água é imprescindível para garantir uma boa saúde e qualidade de vida. Todavia, se não tratada de forma adequada, pode ser transmissora de incontáveis doenças. Engana-se quem pensa que, por ser potável, o recurso está em boas condições para o consumo humano, seja por meio da ingestão ou pelo contato. De acordo com o engenheiro ambiental e CEO da empresa EcoAdvisor Associados, Marcus da Matta, quando não se adota o Plano de Segurança da Água (PSA), tanto a quantidade quanto a qualidade do recurso hídrico podem afetar os consumidores.
O PSA foi inserido como exigência nacional pela Portaria nº 2.914 do Ministério da Saúde, de 12 de dezembro de 2011, que segue um padrão de metodologia estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O plano prevê que a segurança do recurso hídrico não diz respeito apenas à conformidade de potabilidade, mas é necessário também possuir uma gestão eficiente e consciente dos perigos da água, assim como projetos, estratégias e medidas com o objetivo de mitigar riscos e vulnerabilidades.
Caso essas medidas preventivas não sejam tomadas, corre-se o risco da água causar danos à saúde humana, que pode ser em decorrência da contaminações do manancial, onde se faz a coleta, ou então nas etapas de tratamento, distribuição e no local de consumo – residências, indústrias, comércio, hospitais e hotéis, por exemplo. “Existe uma grande quantidade de doenças que podem ser ocasionadas em função da exposição a contaminantes hídricos, desde diarreia, hepatite A, doença dos legionários, oriundo de bactérias e vírus, até mesmo outras provenientes de agentes químicos, como os disruptores endócrino, cuja exposição de pequenas doses por longo período de tempo pode levar ao câncer de mama, câncer de próstata, endometriose, infertilidade, diabetes, entre outras complicações”, explica Matta.
É importante ficar alerta, porque, caso a água oferecida por algum estabelecimento cause doenças em funcionários ou clientes, dependendo da apuração que for feita, tanto a distribuidora pode ser responsabilizada, quanto o próprio empreendimento. Ambos devem adotar o Plano de Segurança da Água, pois a qualidade do recurso está associada a parâmetros químicos e microbiológicos, e podem acarretar doenças por contato de curta ou longa duração. “Nos Estados Unidos, por exemplo, um hotel foi condenado a pagar 4,5 milhões de dólares por que hóspedes foram contaminados por Legionella pneumophila, presente em gotículas emitidas pela fonte de água do local”, conta o CEO.
Essa mesma doença é um dos principais problemas em processos industriais, porque pode se proliferar nas torres de resfriamento, o que apresenta um risco significativo aos trabalhadores e população do entorno, uma vez que as gotículas emitidas nesse processo seguem com o material particulado para fora dos muros da indústria.
Livro: plano de Segurança da Água na Visão de Especialistas
Saiba mais sobre o assunto no Livro “Plano de Segurança da Água na Visão de Especialistas” onde um dos capítulos foi escrito pelos diretores executivos da EcoAdvisor Associados, Marcus da Matta e Maurea Nicoletti Flynn.
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